A investigação decorrente do furto de 82 cartões do Auxílio Inclusivo Municipal avança no Ministério Público. É que já há uma data para que João Chaves, secretário municipal de Desenvolvimento Social, pasta responsável pelo gerenciamento do benefício, relate sobre o caso como testemunha. Segundo promotora Giani Pohlmann Saad, titular da 2ª Promotoria Cível de Santa Maria, Chaves deve ser ouvido no dia 7 de abril.
- A investigação buscará a compartimentalização de prova da esfera criminal e seu aprofundamento, visando apurar se a conduta foi isolada - adianta a promotora.
Segundo o MP, o secretário deve ser notificado nos próximos dias.
style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Pedro Piegas (Diário)
O inquérito conduzido pela 1ª Delegacia de Polícia de Santa Maria foi fechado ainda deste mês de fevereiro e apontou um gasto indevido chegou a R$ 19 mil. Pelo menos um funcionário que exercia cargo em comissão (CC) e que já foi exonerado confessou ter participação no furto. Ele auxiliava na entrega dos cartões aos beneficiados. Como cada cartão tinha um crédito de R$ 400 (dividido em duas parcelas de R$ 200), o saldo total seria de R$ 32,8 mil. O gasto indevido, porém, foi de R$ 19 mil. A diferença de R$ 13,8 mil foi bloqueada antes de ser utilizada.
Uma sindicância foi aberta na prefeitura. O silenciamento inicial do Executivo em se manifestar a respeito do caso foi quebrado quando o secretário veio à público para lamentar supostas acusações que viralizaram em áudios de WhatsApp, que o colocavam sob suspeita de desvio de cestas básicas. O desdobramento dos fatos também gerou cobranças por parte do Legislativo municipal e da própria comunidade.